ed fisica
A aparência corporal tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. A busca de uma imagem corporal muitas vezes idealizada pelos pais, mídia, grupos sociais e pelos próprios adolescentes, por vezes, desencadeia comportamentos que podem comprometer a saúde. Entre os vários estereótipos existentes, a busca pela aparência alta e esbelta é normalmente reforçada desde a infância.
Com relação à estatura final adulta, é comum a preocupação dos pais quando observam que seus filhos são menores do que seus primos ou colegas da escola, de mesma idade e sexo. Nesse contexto, os profissionais de saúde são questionados sobre os efeitos positivos que o exercício físico exerce sobre o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes. A frase "Faça um esporte para crescer mais" é comumente proferida, embora, não esteja claro se essa afirmativa contém uma verdade científica.
Entre os esportes, destaca-se a natação, que, de acordo com o senso comum, é o esporte mais adequado para potencializar o crescimento longitudinal, provavelmente por ser uma atividade de carga ativa com reduzido impacto(1), seguida por atividades de alongamento igualmente "famosas" pela mesma atuação.
Para Georgopoulos et al.(2), enquanto o exercício físico moderado estimula o crescimento, o treinamento físico extenuante representa um estresse capaz de atenuar o crescimento físico, sendo esse efeito resultante mais da intensidade e duração do treino do que propriamente do tipo de exercício praticado. Se por um lado existem dúvidas sobre a veracidade dos efeitos desses exercícios sobre a estatura final do indivíduo, por outro lado, está claro que o exercício físico pode induzir aumentos significativos do hormônio de crescimento (GH) na circulação(3-5), evento também detectado em crianças e adolescentes(6).
O GH tem efeitos biológicos diversos no decorrer da vida, conduzindo ao estímulo do crescimento somático durante a infância e adolescência e contribuindo de forma