resenha critica servidao moderna
LONDRINA
2014
RESENHA CRÍTICA: A SERVIDÃO MODERNA
LONDRINA
2014
O documentário “Da servidão moderna”, de Jean-François Brient, possui um apelo marxista no sistema capitalista, em que nos mostra que a escravidão não terminou, apenas mudou sua ideologia, tentando nos ludibriar pela ideia de continuarmos escravos livres.
A escravidão moderna é voluntária, no qual o novo escravo escolhe o deus que ele quer servir, e com isso se julga livre. É uma estranha modernidade, diz o documentário, uma classe que não quer enxergar a sua servidão, não conhece a rebelião, não luta mais pela sobrevivência ou por um lugar ao sol, luta por um objeto que lhe dê status social: o dinheiro. A aglomeração em que vive e mora o escravo moderno é reflexo da servidão, se assemelha a jaulas e prisões. O escravo moderno paga por sua jaula e nela acumula mercadoria, sonhando em ser feliz. A ideologia de massa despoja cada ser de si mesmo.
Não é mais a demanda que determina a oferta, mas sim a oferta que determina a demanda. E assim o escravo compra o que é imposto a si - o modelo novo de celular, o carro com alta tecnologia. O velho computador não serve mais, o escravo moderno precisa de um computador de última geração, mesmo que seja só para acessar o Facebook.
O escravo moderno não está no comando da situação, a situação comanda o escravo. A cada instante surgem novas necessidades para o escravo moderno, e é mais fácil aceitar a procura imposta pelo mercantilismo do que lutar contra ela.
Quando o escravo moderno se alimenta que demonstra melhor o estado de sua decadência. Sem tempo para se alimentar melhor, o escravo moderno se obriga a engolir rápido o que a indústria agropecuária produz. Consome o que a indústria da falsa abundância lhe permite consumir. A falsa ilusão da abundância de escolha pelos alimentos disfarça a degradação dos