Traumatismo
O Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é definido como um tipo de agravo que induz às lesões anatômicas e ao comprometimento funcional envolvendo as estruturas ósseas cranianas e tecidos encefálicos (PORTO, 2007).
Segundo Pereira (2006), anualmente ocorrem cerca de um milhão e seiscentos mil casos de TCE nos Estados Unidos e dez milhões de casos no mundo. De acordo com os dados do Ministério da Saúde do Brasil cerca de dois milhões de pessoas são internadas a cada ano em hospitais da rede pública, vítimas de traumatismos em geral. O TCE constitui-se na principal causa de óbitos e sequelas em pacientes politraumatizados (ROCHA, 2006).
Após um TCE costumam surgir alterações psicosociais como efeito dos transtornos físicos, cognitivos, emocionais e comportamentais no ambiente familiar. É importante se avaliar o bem estar do jovem considerando sua evolução física e emocional, sua independência e participação social. O jovem afetado sofre alterações nas atividades da vida diária como realizar sua higiene pessoal, alimentação. Pode haver uma melhora gradativa, sendo fundamental o estímulo para o favorecimento da recuperação e independência pessoal.
As sequelas ocasionam também problemas em nível social e ocupacional, a mobilidade é afetada, os problemas cognitivos e de regulação do comportamento constituem uma das causas mais relevantes da incapacidade da pessoa afetada.
Devidos às lesões cerebrais a pessoa que tenha sofrido TCE pode apresentar um comportamento infantil, dificuldades na fala e linguagem. É comum a existência de alterações emocionais e de estado de ânimo como a depressão. As atividades recreativas são frequentemente alteradas, o paciente apresenta dificuldade para reintegrar-se (JUNQUÉ; BRUNA; MATARÓ, 2001).
Um dos efeitos mais devastadores do TCE é a dificuldade de reintegração ao trabalho, já que atividade profissional é decisiva para autonomia e independência do indivíduo. Após o TCE também são possíveis transtornos sexuais,