Trauma raquimedular
RAQUIMEDULAR
1. INTRODUÇÃO
Por definição trauma ou traumatismo é toda e qualquer lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida por agentes diversos de forma intencional ou acidental. O trauma Raquimedular (TRM) é uma lesão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos, tais como alterações da função motora, sensitiva e autônoma, ocorrendo predominantemente nos homens em idade produtiva, entre 18 e 35 anos. (FARO, 1996) Segundo (Smeltzer, 1994) A medula pode ser lesada por corpos estranhos ou por processos relacionados a uma vascularização deficiente, levando à isquemia, hipóxia, edema e causando danos à mielina e aos axônios, sendo que metade dos traumatismos resultam de acidentes com veículos motorizados, quedas, acidentes de trabalho, esportivos (principalmente aquáticos), e outros decorrentes de ferimento por armas de fogo, e freqüentemente as vértebras mais envolvidas são a 5ª e a 7ª cervicais, a 12ª torácica e a 1ª lombar. Tais vértebras são as mais suscetíveis, pois há uma grande faixa de mobilidade nestas áreas da coluna.
(Greve, 1991) O dano à medula espinhal varia de uma concussão transitória, da qual o paciente recupera-se completamente (contusão, laceração e compressão da substância da medula) até uma transecção completa da mesma, tornando o paciente paralisado abaixo do nível da lesão traumática. Sendo assim, a lesão pode ser: completa onde as funções motoras e sensitivas estão ausentes abaixo dos três segmentos caudais consecutivos ao nível da lesão, Incompleta sensitiva quando a atividade motora está presente e permanece certa sensibilidade, Incompleta motora não funcional na qual a função motora está ausente ou com o mínimo uso funcional, Incompleta motora funcional quando se tem a função motora preservada e há funcionalidade abaixo do nível da lesão. Através do exame neurológico é possível muito