Tratamento didatico
Georges Lamazière, preocupado com as manifestações de protesto, nas vésperas dos festejos dos 500 anos, dizendo que estes não deveriam ser um convite ao velório, e sim uma manifestação de crença no futuro (O
Estado de S. Paulo, 20 de abril de 2000, cad. A, p. 13).
Mais do que três ou quatro raças ou cores, os nativos, africanos, europeus e asiáticos que fizeram a historia brasileira representam incontáveis povos e culturas, bem como distintas condições sociais. afirmou Benjamin:
[...] O dom de despertar no passado as centelhas da esperança é privilégio exclusivo do historiador convencido de que também os mortos não estarão em segurança se o inimigo vencer.
E esse inimigo não tem cessado de vencer. (1987, p. 224-225)
Em 1922, na inauguração da exposição internacional da Independência, no Rio de Janeiro, o presidente da
República Epitácio Pessoa também aguardava nossa entrada no progresso, ao arrolar vários dados estatísticos como prova de nossa integração à sociedade civilizada, em que incluía as iniciativas no campo educacional, cultural e sanitário, sempre com um enfoque evolutivo:
[...] alguma coisa temos feito e muito poderemos ainda realizar, fazer para o futuro, depois deste passo tão difícil do primeiro centenário de vida emancipada. [...] da instrução temos cuidado com o possível desvelo; de 1907 a 1920, o aumento dos cursos elevou-se de 72%, e o de alunos de 85% o que revela o esforço do país, nos últimos anos, pelo incremento da sua instrução. (Rio de Janeiro, 1923, p. 363)
Naquele momento, o nascimento da nação se demarcava com a Independência. Agora, o referencial se volta para 1500. O chamado Sítio do Descobrimento