tratamento cirurgico
A intervenção cirúrgica é necessária em até dois terços dos pacientes com DC, a fim de tratar hemorragia persistente, perfuração, obstrução recorrente, abscesso não passível de drenagem percutânea, displasia ou câncer. 45 Devido ao alto índice de recorrência e à necessidade de ressecções intestinais repetidas, podendo levar à síndrome do intestino curto, é importante que o cirurgião esteja ciente de que a cirurgia deve ser a mais econômica possível. 6
Uma parte essencial do tratamento cirúrgico envolve a seleção de pacientes para cirurgia. Uma boa condição para a cirurgia inclui fatores nutricionais, sociais e psicológicos. O fumo é um importante fator de risco para recorrência pós-operatória e a todos os pacientes com DC deve ser recomendado parar de fumar. 32
Pacientes nutricionalmente comprometidos com grande perda de peso (>10% em 3 meses) podem se beneficiar de um período de suporte nutricional pré-operatório, muitas vezes necessitando de nutrição parenteral. 32
É importante a realização de testes de diagnóstico adequados, como, por exemplo, colonoscopia, endoscopia digestiva alta, imagem transabdominal (como TC, RNM), para confirmar o diagnóstico, para verificar a presença ou ausência de doença ativa, para excluir displasia ou câncer e identificar a presença, extensão e gravidade das complicações, tais como estenoses, fístulas e abscessos. 45
O uso de corticosteroides é um fator de risco para complicações infecciosas 32, 45. Portanto, devem ser desmamados antes da cirurgia, se possível. 32
Atualmente, não existe uma técnica cirúrgica que reduza o risco de recorrência pós-operatória de DC. 45
Estenoplastia ou estricturoplastia é defendida como uma alternativa importante no tratamento de estenoses fibróticas do intestino, uma vez que ajuda a evitar a deficiência de absorção de nutrientes, diarreia, esteatorreia, supercrescimento bacteriano e síndrome do intestino curto. Tal técnica corrige restrições obstrutivas,