Transtornos alimentares
1. INTRODUÇÃO
A teoria walloniana contribuiu significativamente para consolidar as bases da psicologia do desenvolvimento, sobretudo do desenvolvimento psicomotor, aplicando-a à educação. A sua teoria pressupõe uma relação recíproca entre a psicologia e a educação. Assim, a fecundidade da obra walloniana permanece atual, pois oferece um embasamento teórico de fundamental relevância para a reflexão das práticas pedagógicas e para a superação da visão dicotômica sobre corpo e mente, ainda arraigada nas metodologias pedagógicas tradicionais. Neste aspecto, a proposta pedagógica walloniana propõe uma educação voltada para a integração de afetividade, cognição e movimento, respeitando as fases de desenvolvimento da criança e priorizando um atendimento individual de acordo com a capacidade de cada uma, prevenindo, assim, certas formas de malogro e de inadaptação escolar. Além disso, a partir dos subsídios wallonianos, o docente pode impulsionar o desenvolvimento do educando na perspectiva de sua totalidade, preparando-o para ser um cidadão engajado com o seu contexto social, com autonomia e responsabilidade.
Na teoria walloniana, a educação é um fato social. O homem é um ser eminentemente social e inserido em uma dada sociedade, ele vive e age em uma realidade concreta, podendo, até, modificá-la. Assim, segundo esta teoria, há uma estreita ligação entre as operações intelectuais e as relações sociais, pois estas interferem na aprendizagem do educando. Isso requer da escola uma atenção especial para impulsionar o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
Serão apresentadas, a seguir, algumas considerações sobre as idéias wallonianas e sua contribuição para a compreensão do desenvolvimento humano, sobretudo o infantil, e suas implicações pedagógicas.
2. WALLON E SUA TRAJETÓRIA
Henri Wallon nasceu na França em 1879 e morreu em 1962. Filósofo, médico, psicólogo e político francês, dedicou-se a