Transtornos alimentares
Introdução Os Transtornos Alimentares (TA) constituem uma verdadeira ‘epidemia’ que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens, fazendo cada vez mais vítimas. Por apresentarem significativos graus de morbidade e mortalidade, esses transtornos são cada vez mais foco da atenção dos profissionais da área da saúde. O prejuízo pessoal e social de indivíduos caracteristicamente jovens, o curso longo e variável e o prognóstico reservado requerem planejamento terapêutico mais eficaz e alocação adequada de recursos humanos e financeiros. Tais aspectos vêm impulsionando a multiplicação de estudos epidemiológicos e de acompanhamento para observar a evolução das doenças alimentares ao longo do tempo, bem como seus fatores de bom e mau prognóstico. Este trabalho tem como objetivo o estudo das causas, conseqüências e fatores de risco relacionados aos Transtornos Alimentares, dando ênfase à Anorexia Nervosa e à Bulimia Nervosa, os dois principais Transtornos Alimentares.
Transtornos Alimentares Os Transtornos Alimentares (TA) são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias são intimamente relacionadas por representarem alguns sintomas em comum: uma idéia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso, uma representação alterada da forma corporal e um medo patológico de engordar. Em ambos os quadros os pacientes estabelecem um julgamento de si mesmos indevidamente baseados na forma física, a qual freqüentemente percebem de forma distorcida. O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja aumentando assustadoramente. A