Transtornos Alimentares
Os transtornos alimentares são considerados doenças psiquiátricas caracterizados por graves alterações do comportamento alimentar, podendo levar a grandes prejuízos orgânicos, sociais e psicológicos (BORGES et al., 2006), ou seja podem ocasionar sérias agressões à saúde, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes.
Os transtornos alimentares são frequentemente considerados quadros clínicos ligados à modernidade, na medida que ao avanço da mídia nas últimas décadas tem se dado papel de relevância quase casual (CORDÁS E CLAUDINO, 2002), requerendo assim maior atenção dos profissionais da área da saúde, pois os mesmos estão relacionados a graus significativos de morbidade e mortalidade (PINZON; NOGUEIRA, 2004). Os principais transtornos alimentares são anorexia nervosa e bulimia nervosa, que embora classificados isoladamente, encontram-se ligados intimamente por apresentarem psicopatologia comum: uma ideia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso e a forma corporal (medo de engordar), que leva os pacientes a se sujeitarem a dietas extremamente restritivas ou a recorrerem a métodos inadequados para alcançar o corpo idealizado. Tais pacientes costumam julgar a si mesmos quase que exclusivamente baseado em sua aparência física, com a qual se encontram sempre insatisfeitos (CLAUDINO E BORGES, 2002).
Esses dois distúrbios acometem principalmente adolescentes e mulheres jovens em idade reprodutiva (MAGALHÃES et al., 2005). E a incidência destes transtornos praticamente dobrou nos últimos 20 anos (DUNKER; PHILIPPI, 2003). Apesar de poucas pesquisas epidemiológicas sobre este tema observa-se que estes transtornos alimentares podem ser considerados como problemas de saúde pública.
2 OBJETIVO O presente trabalho tem como