Transtorno Obsessivo-Compulsivo

O tratamento proporcionado pela terapia comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tem dado importante crédito às técnicas comportamentais. Uma destas técnicas é denominada “exposição com prevenção de respostas” (EPR), apresentada pela primeira vez na década de 60. Desde então, alguns pesquisadores têm buscado avaliar e aprimorar alguns elementos desta técnica, sem negar a efetividade da mesma. Uma das preocupações destes pesquisadores é elaborar estratégias com menos aspectos negativos e mais estímulos positivos. De modo geral o TOC é explicado da seguinte maneira: as obsessões são ideias, imagens ou pensamentos repetitivos que geram ansiedade no indivíduo, já as compulsões são respostas repetitivas ou estereotipadas emitidas para evitar ou eliminar essas obsessões. Desta maneira, as compulsões são controladas por reforçadores negativos já que eliminam as obsessões. Porém, alguns pesquisadores têm apontado que, alguns reforçadores positivos, como a atenção e a relação afetiva também podem exercer controle sobre essas compulsões. Portanto, faz-se necessário a inclusão de algumas técnicas que exerçam efeito sobre estas compulsões, além de EPR. Apesar de ser uma técnica comprovadamente eficaz, a EPR, é uma técnica aversiva, já que expõe ao indivíduo exatamente àquelas situações que ele mais se esquiva. Por conta disso, a adesão do indivíduo ao tratamento pode ser comprometida. Além de que, estímulos aversivos são úteis para a diminuição de frequência de respostas, mas não quando o objetivo é ensinar respostas alternativas àquelas que produzem sofrimento no cliente. Uma alternativa para o terapeuta analítico-comportamental, quando a terapia está relacionada com o problema obsessivo-compulsivo, seria a utilização de reforçadores naturais, ou seja, reforçadores presentes no ambiente ao qual o indivíduo está acostumado. Como por exemplo, uma jovem que goste de vôlei e que apresente obsessões com relação a sujeira, seria mais