Transtorno Obsessivo Compulsivo

Segundo a teoria psicodinâmica, as obsessões referem-se a representações simbólicas de impulsos inaceitáveis pelo superego que sofreram repressão e aparecem de forma disfarçada à consciência. A ideia obsessiva é considerada como o resultado da atuação de defesa egóica em deslocar a angústia gerada por um desejo ou conflito relacionado, mas ainda muito mais ameaçador a integridade do Ego. Como a pessoa sente que estas ideias não são parte de si adotam atos compulsivos como forma de desfazer e compensar os desejos e impulsos inaceitáveis ou realizar o desejo censurado de forma disfarçada. Para a abordagem comportamental é o efeito que segue o comportamento compulsivo, o fator que sustenta e reforça a compulsão.
As características principais do transtorno obsessivo-compulsivo são a presença de obsessões ou compulsões recorrentes suficientemente severas para consumirem tempo ou causar sofrimento acentuado ou um prejuízo significativo. São ideias, pensamento, impulsos ou imagens persistentes vivenciados como intrusos e inadequados causando ansiedade ou sofrimento. A qualidade intrusiva e inadequada das obsessões são caracterizadas como egodistônicas e referem-se ao sentimento do indivíduo de que o conteúdo da obsessão é estranho, não está no seu cotrole, sendo totalmente indesejável.
As compulsões referem-se à execução de certos atos, gestos ou rituais repetitivos e incontroláveis que no momento, parecem prevenir ou reduzir ansiedades ou sofrimento. São claramente irracionais, exageradas ou não tem conexão realista com o que visam a neutralizar ou evitar e interferem na vida cotidiana, no funcionamento social e ocupacional e nas atividades habituais. Quando esses indicadores estão presentes, o diagnóstico pode ser aplicado.
Vale ressaltar que uma pessoa com TOC tem senso crítico preservado, ou seja, ela consegue reconhecer o quanto suas ideias e atos são excessivos, irracionais e sem sentido. No entanto, se vê incapaz de aboli-los, ignorá-los ou de resistir a