Transtorno de personalidade borderline
Personalidade
Poucas palavras em nossa língua causam tanto fascínio ao público em geral quanto o termo personalidade. Embora seja empregada em vários sentidos, os usos mais comuns selecionam um atributo ou qualidade altamente típica do sujeito, que presumivelmente é uma parte importante da impressão global criada nos outros, e identifica a personalidade por esse termo (Hall, Lindzey, & Campbell, 2000).
No capítulo inicial do livro entitulado “Corações Descontrolados”, Silva (2012) cita que a personalidade é popularmente definida como a forma leiga que costumamos perceber e descrever as pessoas e nós mesmos ou o “jeitão” que costuma demostrar de que maneira um indivíduo se comporta frente às diversas situações da vida. Aponta que, de uma forma abrangente, a personalidade é um conjunto de sentimentos, pensamentos e comportamentos que a pessoa apresenta ao longo de sua existência. É a nossa individualidade, a forma como nos apresentamos ao mundo e como o sentimos.
Embora a diversidade no uso comum do termo personalidade seja considerável, ela é superada pela variedade de significados que os psicólogos atribuem à palavra. Por meio de um exame da literatura, extraiu-se quase cinquenta definições diferentes que foram classificadas em algumas categorias amplas (Hall, Lindzey, & Campbell, 2000).
De acordo com o Behaviorismo Radical, a personalidade consiste no repertório comportamental de cada um e é multideterminado pela filogênese, ontogênese e a cultura que se combinam e interagem durante toda a vida. Falar em personalidade significa, portanto, apontar uma tendência a se comportar de uma determinada maneira frente à determinadas situações em função de uma história individual de reforçamento. Estes padrões consistentes de comportamento são resultantes de um ambiente que apresenta contingências consistentes no decorrer do tempo (Sousa & Vandenberghe, 2005).
Segundo Sousa e Vandenberghe (2005), a cultura preza e promove os padrões