Transposição do rio são francisco
Essa questão, no entanto, precisa ser tratada com o devido cuidado. Existem limitações significativas no rio. Tendo sido priorizadas, inicialmente, a irrigação e a geração de energia, o rio passou a ser, por um longo período, um dos principais agentes de desenvolvimento da região Nordeste. Nesse sentido, foram criados pólos de irrigação na região de Petrolina/Juazeiro, a pesca, principalmente do surubim, se deu com bastante intensidade, a navegação se mostrou importante, e o Rio passou a ser responsável por mais de 90% de toda a energia gerada na região. Será que teremos água suficiente para atender ao que estão pretendendo sem prejudicar os investimentos já realizados? Concluir os diversos projetos inacabados para a região e quase esquecidas que certamente ajudariam a amenizar os problemas da região. Pensar em transposição sem antes buscar uma revitalização do Rio São Francisco, certamente constitui um erro grave, pois há um sério problema de poluição esgotos em localidades ribeirinhas sem saneamento básico, agrotóxicos usados indiscriminadamente nas lavouras. Outro problema é que os desmatamentos indiscriminados da vegetação - principalmente a ciliar - para ampliação da fronteira agrícola vêm causando a morte de várias nascentes com conseqüente diminuição de vazão e promovendo o assoreamento do seu leito. Dessa forma, o ponto a ser destacado continuamente é a implantação de políticas públicas que visualizem o rio na sua