Transposição do Rio São Francisco
INTRODUÇÃO
Ações junto às águas de rios no Brasil e no mundo têm provocado efeitos naturais desagradáveis, não resultando em benefícios maiores que os malefícios.
Assim também se pode analisar na questão da transposição das águas do Rio São Francisco onde este projeto tão falado de transposição de águas pode provocar impactos na atividade pesqueira, nas hidrelétricas, nos peixes, nas águas, na economia, na qualidade de vida e até mesmo nas paisagens naturais.
Destaca-se que alterações provocadas nas lagoas e várzeas naturais, onde ocorre a reprodução e captura dos peixes, e onde, tradicionalmente, se faz a plantação de arroz, ameaça a sobrevivência de espécies naturais e provocam profundas alterações nas formas de geração de renda da população local.
Neste sentido adentra-se a uma verificação de como é possível o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco provocar impactos ambientais talvez irreparáveis.
HISTÓRICO DO USO DO RIO SÃO FRANCISCO
O Rio são Francisco já era conhecido pelos índios antes mesmo da colonização, tendo 2800 km de extensão, fazendo parte da história do Brasil. O descobrimento deste rio é atribuído na história a Américo Vespúcio navegando em suas águas por volta do ano de 1501. (CODEVASF, 2006)
Tem este nome – São Francisco – devido ao fato de seu descobrimento ser próximo a data dos festejos do santo com o mesmo nome. A região onde Américo Vespúcio supostamente descobriu o rio São Francisco era habitada por índios que o chamavam de Opará que significa rio-mar.
A bacia hidrográfica do Rio São Francisco possui uma área de aproximadamente 640.000 Km2 corresponde a 7,4% do território brasileiro, abrangendo parte dos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco além do Distrito Federal (Figura 1), é um rio de integração nacional. (CODEVASF, 2006),
Esta bacia, que é fisiograficamente dividida em Alto, Médio,