Transporte a pé
Especialmente em tempos de aquecimento global, o ato de caminhar ganha status de atitude consciente. Mais do que uma maneira de se manter saudável, cada dia mais estudiosos, urbanistas e arquitetos defendem a necessidade de tratar esse hábito como um eficaz meio de transporte.
Com o fim de obter vantagens para a cidade, busca-se reverter os padrões atuais de transporte optando-se por modos menos poluentes e mais eficientes, principalmente em situações de congestionamento de tráfego. Além de este meio de transporte, no meio urbano, propiciar melhores condições ambientais para a população, com a diminuição dos níveis de poluição e ruído.
Dentre os modos de transporte não motorizados, destacam-se o modo a pé e a bicicleta, porém a infra-estrutura especial para pedestres e ciclistas ainda é muito reduzida se comparada com a de outros países onde o conceito de mobilidade sustentável já está mais difundido.
Para começar, algumas atitudes simples são urgentes. É preciso investir na qualidade das calçadas. Além da providência óbvia de consertar buracos, desníveis e depressões, é necessário pensar na logística que envolve uma caminhada.
OS USUÁRIOS
A locomoção a pé acontece tanto nos locais de maior densidade - caso da área central, com registro de dois milhões de viagens a pé por dia, como nas regiões mais distantes, onde são maiores as deficiências de transporte motorizado e o perfil de renda é menor. A maior parte das pessoas que andam a pé tem poder aquisitivo mais baixo. Elas buscam alternativas para enfrentar a condução cara, desconfortável ou lotada, o ponto de ônibus ou estação distantes, a demora para a condução passar e a viagem demorada.
A categoria pedestre engloba crianças, adultos e idosos com suas diferenças em agilidade e percepção, como também com suas limitações físicas que incluem deficiências de locomoção e de visão. Os limites impostos à locomoção, no entanto, também podem ser provenientes de motivos