Transporte glicose
Na maioria das células, a glicose é transportada para o meio intra-celular contra seu gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o meio menos concentrado).
Não é possível que a molécula de glicose atravesse os poros da membrana para o interior da célula devido seu peso molecular ser 180 e o máximo permitido pela célula ser de aproximadamente 100. Então, existem dois tipos de mecanismo que permitem que a glicose adentre à célula: transporte facilitado (com ajuda de transportadores de membrana específicos (GLUT)) e o co-transporte com o íon sódio (SGLT).
- Transporte facilitado
O transporte facilitado é caracterizado por uma família de transportadoras (GLUT1 – GLUT7), suas características são funcionais e tem distribuição distintas nos tecidos.
GLUT-1
Os transportadores de glicose tipo 1 tem ampla difusão pelo corpo. São responsáveis pelo nível de base da glicose celular. Presente nos tecidos fetais, têm bastante diminuição nos tecidos adultos. Com sua alta capacidade de tranporte e grande afinidade pela molécula de glicose, mantém o nível de glicose dentro da célula. Sua atividade não é alterada pela presença de insulina.
GLUT-2
Possuem a maior cinética entra os GLUT. Se faz presente nos hepatócitos, células β pancreáticas, mucosa intestinal e rins. Sua alta afinidade com a glicose faz com que o transporte para as células seja proporcional à glicemia. Sua atividade não é controlada pela insulina. Na célula do intestino, após a absorção e reabsorção da glicose no rim, é por meio da GLUT-2 que a glicose entra na circulação. As variações de glicemia são detectadas pelas células β, que iniciam o controle da secreção de insulina e a captação ou a liberação de glicose hepática.
Alterações no GLUT-2 são associadas a defeitos de estimulação de insulina em diabéticos, que faz com que a glicemia não baixe.
GLUT1-3
São responsáveis pelo transporte de glicose ao cérebro. O