Transportadores de glicosegluts

TRANSPORTADORES DE GLICOSE

FREITAS1, S. P.; MACHADO2, A. A. C.

¹ Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas, UECE- Campus Limoeiro do Norte-CE,

² Professor Assistente V do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da FAFIDAM/UECE

RESUMO

A glicose constitui uma das principais fontes de energia para todos os seres vivos. Seu transporte para o interior da célula pode ocorrer de três formas: Na+ dependente, hormônio sensível e Na+ independente. Nestes dois últimos casos, o transporte ocorre por meio da difusão facilitada e de acordo com o gradiente de concentração devido à existência de uma família de 14 proteínas transmembranares facilitadoras (GLUTs), cuja distribuição e características funcionais variam nos tecidos. Em epitélio intestinal e tubular renal, o transporte ocorre contra um gradiente de concentração e associado ao Na+ por meio dos co-transportadores (SGLT 1 – SGLT 2). A isoforma do transportador GLUT 4 é responsável pela captação da glicose estimulada pelo hormônio insulina, sendo predominantemente restrita ao músculo esquelético e tecido adiposo. Em contraste com as outras isoformas do GLUT, que estão localizadas principalmente na superfície da membrana celular, a proteína transmembranar GLUT 4 é seqüestrada por vesículas de armazenamento especializadas, permanencendo no interior da célula em condições basais. No período pós-prandial, o aumento dos níveis de glicose, com o aumento subsequente da insulina circulante, ativa cascatas de sinalização intracelular, determinando a translocação do GLUT 4 para compartimentos de arrumação da membrana plasmática. A complexidade desses processos regulatórios fornece vários alvos em potencial que podem estar com defeito e, eventualmente, resultar em resistência periférica tissular à insulina e, possivelmente, diabetes. Inúmeras investigações vêm sendo realizadas com o objetivo de avaliar o papel do GLUT 4 em alterações de sensibilidade insulínica, tais como diabete melito tipo 2 (DM2). Os