Agua de coco
A composição química da “água” de coco durante o processo de maturação do fruto apresenta grande variabilidade e, em nenhum momento, ela apresenta características compatíveis com uma solução de hidratação oral de acordo com critérios científicos. Foi estudado o transporte transepitelial de água de sódio e de glicose da “água” de coco, em alças jejunais de ratos submetidos à perfusão “in vivo”, nos diferentes estágios do processo de maturação do fruto.
Quanto ao transporte transepitelial de água, houve absorção em todos os estágios (x - 1,07 ± ml/min/cm), ao passo que, com o do sódio, ocorreu secreção em todos os estágios do processo de maturação do fruto (x = -169,04 ± 29,06 mEq/min/cm) e, no que diz respeito à glicose, verificou-se absorção em todos os estágios estudados (x = 5212,70 ± 2098,47 mg%/min/cm).
O estudo demonstra que a ocorrência de secreção de sódio é um fator impeditivo de considerá-la Solução de Reidratação Oral (SRO).
Introdução
Redução significante na mortalidade por desidratação tem sido obtida com a administração precoce da Solução de Reidratação Oral (SRO) preconizada pela OMS (1,2,3,4).
Entretanto, a busca de soluções alternativas, que permitam utilizar recursos locais e que respeitem a cultura e os hábitos alimentares das diferentes comunidades, continua sendo uma meta a ser alcançada; portanto, estudos clínicos e experimentais devem sempre ser estimulados.
A “água” de coco é utilizada em larga escala em áreas geográficas onde esta plantação ocupa vasta extensão, não só para o consumo diário, mas, também, como solução de hidratação oral, pois seu uso rotineiro faz parte dos hábitos alimentares de populações dessas áreas. Kiberski et al (5,6), na Nova Zelândia, estudaram a composição da “água” de coco, de coqueiros anões e gigantes, durante o processo de maturação do fruto (V ao X mês). Observaram que as concentrações de potássio e glicose são adequadas, mas que as de sódio, cloro e bicarbonato são insuficientes para considerar