Transplante de Órgãos no Brasil
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A espera para transplante de órgãos no Brasil: As filas para atendimento são um determinante fundamental das condições de acesso aos sistemas de saúde em geral, e ao SUS em particular. Dependendo do quadro clínico, a demora pode implicar a morte, o sofrimento desnecessário, e mesmo a cura por meios naturais. Em muitos casos, a fila não se limita a uma fila de espera no sentido de agendamento para atendimento posterior, com espera fora do sistema, mas, pelo contrário, implica a presença física do paciente, frequentemente em condições precárias, em macas ou leitos improvisados. Nessa hipótese, pacientes graves, idosos ou menores podem ter as suas condições de acesso prejudicadas, em virtude da necessidade de um acompanhamento especial, cuja disponibilidade pode ser impossível ou precária. Não existem indicadores oficiais gerais do tempo de espera nas filas, e de outras variáveis relevantes relacionadas com transplantes de órgãos no Brasil. Os resultados obtidos indicaram tempo de espera que, mesmo em um modelo otimista, quase sempre ultrapassa um ano e que, em um modelo menos otimista, poderia atingir, por exemplo, quase nove anos para fígado e mais de 11 anos para rim. São muitas pessoas esperando muito tempo, pelos transplantes de órgãos no Brasil. As filas são um resultado dos descompassos entre a demanda e a oferta; O SNT é o maior sistema público de transplantes do mundo, e nenhum sistema de preços é relevante para selecionar os candidatos à recepção de órgãos no Brasil. O SNT: De acordo com a página do Ministério da Saúde na internet, o SNT, criado em 1997, é o responsável pela administração dos transplantes financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O SNT dispõe de 25 Centrais de Notificação, Captação e Doação de Órgãos (CNCDO) nos estados da federação e no DF, e de uma Central Nacional de Notificação Captação e Doação de Órgãos (CNNCDO), localizada em Brasília. Além disso, dispõe de 555 estabelecimentos autorizados a realizar