transplante de medula óssea
Em 1891, a medula óssea já era utilizada como nutrição oral para o tratamento de várias formas de anemia e leucemia. Na década de 1930, foram experimentadas infusões intramedulares e intravenosas de medula óssea em pacientes com anemia aplástica grave, sem sucesso, contudo, uma vez que esses experimentos precediam o reconhecimento dos antígenos de histocompatibilidade e foram realizados sem imunossupressão ou tratamento citotóxico do paciente.
A ciência concentrou esforços na tipagem genética e na distinção de antígenos de histocompatibilidade HLA o que possibilitou que fosse realizado o primeiro transplante de medula óssea por Edward Donnall Thomas em 1959 e a partir de então, transplantes de medula óssea puderam ser executados entre irmãos HLA idênticos.
Desde os anos 70, com avanços na tipagem de histocompatibilidade, prevenção e tratamento da Doença Enxerto-Versus-Hospedeiro (DEVH) e incremento de medidas de suporte para pacientes sem função medular, houve um crescente número de sobreviventes saudáveis por longo prazo após o transplante.
Conceituação do transplante de medula óssea
O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento terapêutico que consiste na infusão, por via endovenosa, de sangue de medula óssea obtido de doador previamente selecionado, em receptor adequadamente condicionado. A sua finalidade é reconstruir o órgão hematopoiético enfermo, devido sua destruição, como nos casos de aplasia, ou devido à proliferação celular neoplásica, como nos casos de leucemia.
O tratamento consiste de intensa imunossupressão do paciente com altas doses de quimioterapia (QT), associadas ou não ao uso de irradiação corporal total (ICT) (radioterapia?). O resgate do sistema hematopoiético é feito por meio de infusão de medula óssea de um doador, previamente selecionado, através da tipagem dos antígenos leucocitários humanos (HLA) e da cultura mista de leucócitos (CML). O procedimento compreende a retirada