Transformações do mundo tardio
1) Com a Nova História nasce uma preocupação em considerar os valores de cada cultura presente nas atividades humanas, todas as suas transformações e todos como agentes da história. As expressões “queda” “ fim” ou “crise” passam a ser questionada, pois levam a pensar em uma ruptura, mas podemos definir que houve um extenso conjunto de transformações que vinham ocorrendo dentro da sociedade romana no qual se tornou possível negar que a Idade média significou a vinda de outra civilização, e possível perceber que durante todo o período medieval elemento da cultura romana. O estudo sobre a Antiguidade e Idade média passa por transformações no momento que os historiadores mudam suas concepções e maneira de analisar os vestígios e documentos históricos. A partir do momento que criam o conceito de Antiguidade tardia para descrever o intervalo entre a Antiguidade e a Idade Média, faz com que esse período seja reavaliado pelos historiadores. Esses historiadores vão contribuir de diferentes formas para refazemos a nossa visão desse período. Segundo o Professor Marcelo Candido² “graças à noção de Antiguidade Tardia os historiadores passaram a acreditar que o mundo romano, ou seja, as instituições romanas e os costumes não se interrompem no século V, eles produziram uma influência decisiva nos povos que se sucede”. A noção de Antiguidade Tardia proporciona ao historiador uma nova visão das transformações do mundo romano recusando completamente e ideia de decadência.
Em seu livro Decadência romana ou Antiguidade Tardia, o historiador francês Henri-Irénée Marrow¹ afirma que o “fim do Mundo Antigo” não pode e nem deve ser visto como um período de decadência, queda ou declínio, mas sim de surgimento de novas concepções religiosas e estéticas, de novas invenções e técnicas artísticas que exerceram uma inegável influência sobre as civilizações posteriores. Todas essas transformações se encontram encerradas no conceito de