24 Por 7
ANTROPOLOGIA
Comentar as transformações no uso do tempo apresentados pelo autor e suas consequências no modo de vida contemporâneo
No livro “24/7 Capitalismo Tardio e os Fins do Sono”, Jonathan Crary nos mostra o surgimento de uma cultura “24/7”, na qual a economia e o capitalismo forçam tudo há funcionar 24 horas por dia, 7 dias da semana. O capitalismo depende desse mercado, da produção, e principalmente do consumo, ele tenta danificar nosso sono, mas ele sempre estará conosco, como uma ultima fronteira ainda não ultrapassada pela lógica da mercadoria.
As transformações no uso do tempo começam a aparecer com o surgimento do capitalismo, havendo assim uma transformação radical no trabalho das pessoas. O capitalismo transforma sua vida cotidiana também, tendo como suas características essenciais a repetição e o hábito. As fábricas modernas começaram a aparecer, “como um espaço autônomo, no qual a organização do trabalho poderia ser desvinculada de família, comunidade, ambiente ou quaisquer formas de dependência mutua ou associação tradicionais”. Foi então cortada qualquer relação com a terra que dependia das “condições naturais” da qual eles não tinham controle. Só mais tarde o capitalismo entrou na agricultura.
A Segunda Guerra Mundial contribuiu bastante na evolução do capitalismo, assim contribuindo para o método 24/7. Até mesmo fora do trabalho as pessoas eram monitoradas, se introduziu métodos dispersos de regular o comportamento de grande numero de pessoas, ocorriam vigilâncias em locais específicos na sociedade disciplinar, como na escola, no local de trabalho e nas casas. Porém o autor cita a existência de tempos e lugares não regulados, não organizados e não supervisionados.
Nos fins do século XIX, as fabricas que funcionavam 24 horas por dia eram a exceção, não regra. Mas ainda assim, estamos introduzidos no que chamamos de Indústria Cultural. Segundo Adorno, ela “impede a formação de indivíduos