Artigo Bianca
A década de 70 marca de forma extraordinária a história do modelo econômico capitalista e, consequentemente influenciam enormemente a sociedade. Grandes transformações ocorrem a partir do fenômeno da crise do capitalismo monopolista.
Até então o padrão capitalista monopolista baseia-se no regime de acumulação fordista, que visava produção em massa e também consumo em massa, viabilizado pelo baixo custo dos produtos. Este sistema dispensava a mão-de-obra qualificada, pois cada trabalhador executava uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção, privando os trabalhadores de uma visão geral do processo produtivo, no entanto, assim atingia seu objetivo principal que era a produção em larga escala. Tal modelo de produção associado à doutrina Keynesiana - que defendia a intervenção do Estado na economia ou em qualquer outro aspecto necessário para manter o crescimento econômico e concessão de benefícios sociais à população (Welfare State) – considerado um modelo de produção rígido, entra em crise nos anos de 1974-1975, findando assim o que ficou conhecido como “as três décadas gloriosas” do capitalismo monopolista.
Como forma de enfrentamento à crise, o capitalismo monopolista (ou tardio) busca um novo regime de acumulação, um regime flexível.
A flexibilização do capital significa a adoção de um modelo de produção mais enxuto, onde a produção passa a ser menor, reduzindo os estoques, porém aumentado qualidade e diversidade dos produtos no intuito de suprir a demanda do mercado, cortando desperdícios e evitando acúmulo de mercadoria. Nesse processo existe uma maior automatização da produção, havendo uma intensificação do processo tecnológico.
O perfil do trabalhador também muda, pois agora requisita-se uma mão-de-obra mais qualificada. O trabalhador passa a ser um profissional polivalente, executando várias etapas no processo de produção.
A diminuição da ação reguladora do Estado, o contínuo aumento do uso das