A FALA E A ESCRITA EM QUESTÃO: RETEXTUALIZAÇÃO Vera Lúcia de A. S. Ferronato – Assessora Pedagógica do Sistema de Ensino Positivo – Curitiba – Paraná. O curso de capacitação de professores do Sistema de Ensino Positivo, no ano de 2007, se propôs a discutir o que se considera “trabalhar fala e escrita” em sala de aula, e como algumas atividades podem levar o professor a mostrar aos seus alunos - e com eles interpretar e produzir - as diversas possibilidades de expressão na sua língua. A questão do tratamento da oralidade no ensino de língua materna é muito recente, haja vista que somente a partir da segunda metade da década de 90 vêm sendo publicados livros que abordam esse assunto. Embora muitas pesquisas sobre a língua falada tenham sido realizadas, quer nas ciências humanas, quer nas sociais, pouco está se realizando no campo educacional, devido a um hiato entre a pesquisa científica e a sala de aula. Vale destacar que os pressupostos teóricos que estão embasados na concepção da língua como forma de interação social norteiam essas pesquisas. Com a inclusão dessa abordagem nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de língua portuguesa, muito se tem discutido como trabalhar a oralidade nas salas de aula. Se a função da escola não é ensinar o aluno falar, visto que ele já é um falante da língua, o que se deve fazer então? É por esse viés que foi encaminhado o curso de metodologia nas escolas conveniadas do Sistema de Ensino Positivo. Neste curso, são enfocados os seguintes objetivos: a. Focalizar os processos de retextualização. b. Evidenciar que a fala e a escrita são duas modalidades de um mesmo sistema lingüístico. c. Nortear atividades pedagógicas para a retextualização. d. Esclarecer que o aprendizado das operações de transformação do texto falado para o escrito garante melhor domínio da produção escrita.
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e. Promover práticas de oralidade e de escrita de forma integrada a fim de se identificar as relações entre oralidade e escrita. f. Ressaltar que