arquivos e informação
Nelma Camêlo Araujo, Simone Crestosmo
Resumo
Este artigo é parte de uma pesquisa realizada nas Universidades do Sul do Brasil que ministram disciplinas de Tecnologia da Informação nos Cursos de Arquivologia. Os objetivos da pesquisa foram identificar por meio da proposta pedagógica dos Cursos as disciplinas que contém conteúdo de Tecnologia da Informação, bem como identificar a percepção dos docentes que ministram essas disciplinas se realmente as mesmas capacitam os estudantes dos cursos a estarem preparados para o mercado de trabalho
2 REFERENCIAL TEÓRICO – O Profissional Arquivista Frente às Novas Tecnologias
A Arquivologia, em suas origens, tinha como preocupação a eficácia e eficiência na guarda e preservação dos documentos; uma visão clássica da gestão de arquivos, onde o objeto de sua ciência era propriamente o documento.
No entanto, estudiosos são unânimes em afirmar que a Arquivologia passa por uma ruptura de paradigmas, transferindo seu objeto do arquivo para a informação arquivística, ou informação registrada orgânica. Para Thomassen (1999, p. 7 apud FONSECA, 2005, p. 58), essa mudança de paradigmas está estreitamente ligada à emergência das tecnologias da informação e da comunicação: em nosso caso, o assombroso desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação deu origem a novas ideias, as quais, num certo ponto, não podem ser
Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., ISSN 1518-2924, Florianópolis, v. 14, n. 28, p. 93-114, 2009. 96 integradas às tradições arquivísticas existentes (...). No início dos anos 1980 ficou claro que os computadores afetariam tremendamente o mundo arquivístico, mas a maioria dos arquivistas ainda considerava o computador como uma simples ferramenta técnica.
A nova abordagem da Arquivologia, hoje chamada de “pós-moderna” ou “pós-custodial”,