Trajetórias: Capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos países de periferia
Trajetórias: Capitalismo neoliberal e reformas econômicas nos países de periferia
Sebastião Veslasco Cruz
“... não há nada de anômalo nas “anomalias” que abrem este tópico. Elas são, antes, expressões de uma normalidade nova, que veio para ficar.”.
Na frase a cima, Sebastião Velasco e Cruz falo sobre novas anomalias da atualidade, que acabaram se tornando as novas normalidades. Uma delas pode ser vista através do estudo de casos como o da Argentina que se recuperou de grave crise financeira através de violação do código imposto de boa conduta do liberalismo, ou o da Malásia nos anos 90 com a implementação de mecanismos para o controle de capital que complementava a desvalorização do ringgit (unidade monetária do país). Outro caso é o governo brasileiro após 2002 com o presidente Lula, que apesar de assumir um compromisso com contratos e o mantimento da estabilidade da moeda, cumprindo o prometido, seu governo tinha políticas não seguiam as ordens do neoliberalismo, com o fechamento do ciclo de privatizações, valorização de programas de cunho social, entre outros, trouxe preocupação para os economistas liberais de mudanças mais drásticas na economia.
Esses casos citados não mostram nenhum modelo definido, pode se concluir então que a nova anomalia pode ser chamada de diversidade, algo não esperado quando, na década passada, o mundo parecia seguir todo para uma ordem unida, na ideia de globalização, uma força da qual nenhum governante no mundo poderia seguir contra, ela levaria o mundo para uma democracia representativa de economia de mercado.
A globalização era uma força inexorável, que todos deveriam aderir e se ajustar, ou então, serem devidamente punidos.
Sebastião Velasco e Cruz fecha então mostrando como, em tão pouco tempo anomalias mudaram, sendo que na nova realidade vivida pelo mercado eles passam a ser tratadas como expressões de uma normalidade, que devem seguir a partir de então sempre presentes no mundo.