Trajetória do pmds

MDB – peça chave na luta contra a ditadura militar e na democratização. Na nova república o PMDB tem sido parceiro ideal para a formação de coalizões governamentais: não apresenta preferências políticas bem definidas, se posicionando no centro do espectro ideológico (o que facilita a barganha política) e possui grandes bancadas no Congresso, possibilitando a formação de maiorias para a aprovação da agenda legislativa do governo e se isentando de propor um projeto para o país.
Seu papel tem sido permitir a governabilidade possibilitando a formação de maiorias para a aprovação da agenda legislativa do governo.

- Conversão institucional do PMDB/readequação após a transição democrática (1991-2004): papel de ator principal na década de 1980, quando encabeçou o processo de formação da nova democracia para, a partir da década de 1990, passar a coadjuvante do governo, sem projeto político para o país e se mantendo no papel de apoiador dos governos.
- Perfil governista do partido: a hipótese do senso comum é de que é importante para o partido fazer parte da coalizão governamental para poder enviar recursos para suas bases.
- Características básicas do PMDB: heterogeneidade, fracionamento da organização (entre moderados e radicais haja vista a imposição de um sistema bipartidário em 1964. A heterogeneidade do partido é acirrada com a Lei da Anistia em 1979 e processo de abertura), federalização, força dos líderes locais e sucesso eleitoral. Seu bom desempenho está relacionado ao seu processo de formação como organização: o partido começou a se federalizar ainda no regime autoritário o que lhe rendeu vantagens em comparação aos criados na nova democracia. A federalização diz respeito à sua ampla presença por todo território nacional e autonomia dos diretórios locais com relação à direção nacional. A ampliação da presença do MDB por todo o Brasil e o aumento de cadeiras nas duas casas do Congresso também eram de fundamental importância na luta pela redemocratização.