Trajetória de vida familiar e profissional
Falar de si mesma, de suas experiências, significa expor-se a situações para as quais as pessoas, muitas vezes, não são preparadas. É um momento, simultaneamente, de alegria e dor, de risos e soluços, de lembranças que podem e devem ser registradas; de lembranças que podem e devem apenas ser relembradas. Deixo “escapar” que nem tudo será publicado; há, portanto uma seleção. Escrever sobre se mesmo, traz á tona o que dá vida, movimento e ação, é sempre uma oportunidade para se questionarem os empreendimentos e as investidas que se realizam na reconstrução do ser pessoal e profissional. É nesse espaço de tempo de (re) lembranças que se encontram motivos para expor o que, com certeza, move cada ser. Trata-se de escrever o que “faz ser”, o que se é, e o que cada vez mais impulsiona a dar prosseguimento ao continuum de sucessivas recordações em busca do próprio modo de ser e agir.
CAPPÍTULO I HISTÓRIA DE VIDA: TRAJETÓRIA PESSOAL E FAMILIAR Eu, Fabíola Dirce Correia Domingos Cabral, morava em uma comunidade rural, somos cinco irmãos, meus pais não terminaram seus estudos, mas, era esclarecido o suficiente para nos incentivar e ajudar-nos em qualquer dificuldade, minha mãe é dona de casa e meu pai era o barraqueiro do engenho onde morávamos isto é: o dono da única mercearia da comunidade. A maior fonte de renda do município era a Usina Catende, que com o passar dos anos e a má administração ela faliu, e assim o comercio do meu pai também. Mudamos-nos para a cidade, por iniciativa de minha mãe colocamos uma barraquinha de lanche na praça, conseguimos um terreno onde construímos a casa que moro hoje com minha mãe, meu esposo e duas filhas. Estou casada há seis anos com o pai da minha segunda filha, pois fiquei viúva quando minha primeira