RESUMO DA APOLOGIA DE SÓCRATES Em janeiro de 399 A.C., Sócrates fez sua defesa no Tribunal de Atenas, perante quinhentos e um julgadores, seus discípulos e acusadores. Sócrates rebate as acusações por dizer que não ensina ninguém, que nunca foi mestre, nunca deu ou prometeu qualquer ensinamento. Sócrates era o homem mais sábio, segundo o oráculo de Delfos.Como ele era filósofo, não concordou com isso e saiu pelas ruas procurando pessoas sábias e as indagando, com o fim de encontrar alguém como ele. Concluiu que essas pessoas não eram sábias, mas se consideravam como sábias. À frente de todos no tribunal, pediu que ninguém se espantasse, porque ali ele falaria da mesma maneira com que pregava nas praças públicas e porque, tendo mais de setenta anos de idade, ele se sentia estranho com o modo de falar no tribunal. Sócrates alegava inocência das calúnias que atribuíram a ele, cidadãos que se sentiram desrespeitados por ele e pessoas que não queriam aceitar as verdades. Meleto, Anito e Lícon o caluniaram porque sentiam repugnância dele. Sócrates não somente acreditava nos deuses que todos acreditavam, como provou isto abrindo mão de seus próprios negócios, em função de seu compromisso com deus, a verdade e a virtude. Caso tivesse corrompido alguém, seria natural que este alguém, ou até mesmo seus parentes, se revoltassem contra ele, mas pelo contrário, todos estavam prontos a ajudá-lo. Não seria sóbrio abrir mão de seus próprios assuntos particulares para se dedicar a uma vida sem recompensas, com a intenção de espalhar maldade e ser conseqüentemente acusado, preso e morto. Depois de procurar pelos políticos, procurou os poetas dos poemas mais bem feitos e perguntou-lhes o que estes poemas queriam dizer, só para aprender alguma coisa com estes poetas. Igualmente procurou os artífices e os achou instruídos, em muitas e belas coisas, porque eles, de fato, eram mais sábios que o acusado. Sócrates dizia que respeitava e amava os atenienses, mas