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Existia um povoado chamado "Engenho Potengi" que vivia onde hoje é atualmente o município de São Gonçalo do Amarante. Segundo registros, esse povoado pertencia a Estevão Machado de Miranda, cuja família, bem como os habitantes do povoado, resistiam aos ataques dos holandeses.
O povoado foi vítima dos holandeses que quiseram impor o seu domínio militar, além da sua cultura e sua religião. Não aceitando a imposição dos holandeses, estes fizeram um verdadeiro massacre matando todas as famílias (cerca de 70) do povoado.
Esse massacre ficou conhecido como "Massacre de Uruaçu" como momento ímpar de resistência, de fé e de defesa dos princípios de liberdade.
No ano de 1698, os holandeses afastaram-se do povoado e começaram a chegar os primeiros grupos de exploradores, vindos de Pernambuco. Entre eles, os portugueses Ambrósio Miguel de Sirinhaém e Pascoal Gomes de Lima, que chegaram ao povoado no ano de 1710, instalaram suas famílias nas proximidades do rio Potengi, na vizinhança do antigo e histórico Engenho Potengi que deu início a organização do novo povoamento. Foram esses portugueses que construíram dois sobrados e uma capela em homenagem a São Gonçalo do Amarante, com a imagem do santo padroeiro esculpida em pedra e colocada imponentemente no altar.
Este massacre é narrado em detalhes em uma carta de Lopo Curado Garro.
Segunda versão
Em 16 de julho de 1645 o padre André de Soveral e outros 70 fiéis católicos foram cruelmente mortos por centenas de soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama, no litoral sul potiguar. Os holandeses eram calvinistas e teriam promovido o massacre por intolerância ao catolicismo.
Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, aconteceu outro martírio, no qual 80 pessoas foram mortas por holandeses, entre elas, o camponês Mateus Moreira. Segundo ficou registrado por cronistas da época, ele teve o