Trabalhos
FELIZMENTE HÁ LUAR!
Fontes de Felizmente Há Luar!
Felizmente Há Luar! constrói-se e desenvolve-
se em torno da figura ausente do general
Gomes Freire de Andrade e evoca os acontecimentos revolucionários em prol do liberalismo, no período de 1817 a 1820. Os dados históricos sobre a figura do general, vai
Sttau Monteiro recolhe-los a várias fontes:
A Conspiração de 1817 – Gomes Freire, de Raúl
Brandão (narrativa);
Gomes Freire, de Teófilo Braga (texto dramático); Documentos que fizeram parte do processo de
Gomes Freire, incluindo correspondência.
Assim Sttau Monteiro encontra
na figura histórica do general
Gomes Freire, o exemplo do homem que sacrifica a sua vida em nome do valor da liberdade.
A intenção de Sttau Monteiro é, por conseguinte, ultrapassar o nível da dramatização dos acontecimentos narrados, sublinhando o conflito psicológico daqueles que desafiavam o poder em defesa da liberdade.
Estrutura
Falando de um presente a partir da evocação do passado, a
peça estrutura-se em 2 actos que não obedecem à tradicional divisão em cenas. Ambos os actos são antagónicos, mas complementam-se.
Os 2 actos iniciam-se de forma idêntica, com o discurso
interrogativo de Manuel (interrogação tem como objectivo evocar a incapacidade de operar a necessária mudança e anunciar o falhanço do projecto revolucionário por falta de politização das massas populares).
A par das interrogações também surgem as indicações
cénicas.
Os dois actos encerram de forma idêntica, já que os dois finais são preparados num crescendo de tensão dramática: o primeiro culmina com a escolha da vítima a sacrificar, o segundo com a execução do herói.
Acto I - apresenta os mecanismos do poder que controla a vida política portuguesa: o poder político inseguro na sua legitimidade, mas arrogante e