Trabalhos prontos
O professor é quase um terapeuta de casais. Quem cobra dele este papel? Tem ele a missão implícita de visualizar a sala como um consultório? O aluno responde: “sim” e “sim” invocando problemas pessoais, a) Quando está quase reprovado por faltas e entrega um papelzinho ao professor com seu nome, para que nas chamadas seguintes a ausência seja encoberta; b) Quando ele deixa 5 questões em branco numa prova de múltiplas escolhas com 10 questões em formato A-B-C-D-E, porque não virou a página e saiu com pressa; c) Quando ele falta a 1ª prova e assim acumula temas da disciplina para uma 2ª chamada; d) Quando ele obtém média 6,5 (4+9/2=6,5) e não consegue obter a nota 3,5 na prova final que aconteceu quase 4 meses após a 1ª aula; e) Quando ele tenta transformar o 9 em 10, invocando o 10 de outro aluno (e o professor ao rever a prova percebe que o 9 seria um 8); f) Quando no dia da prova uma aluna sentada na 1ª cadeira em frente ao professor acessa do seu super celular um email com resumo da matéria da prova;
A letra “f” já é suficiente. O “f” ensina que os alunos podem F...azer do professor a F...onte de suas próprias F...alhas. Isto acontece quando eles invocam seus problemas e os transferem para o professor ou apelam à gravidade dos problemas pessoais. Ex. - “Não me considerarei reprovado, porque obtive 1,5 na final e não 3,5. O senhor, professor, foi quem me reprovou!” (caso real relatado nas páginas policiais de um jornal recifense em 2010 a.C.). O professor, portanto, aceita uma missão derivada não remunerada mesmo não se considerando tecnicamente hábil ou ilustrado por uma cultura “freudiana-jungiana”. Quando tem tempo, o professor espiona o terapeuta. O terapeuta abrindo a porta para receber dois indivíduos ávidos por falar e ouvir. Preparando duas poltronas confortáveis e limpas para o encontro. Pondo luz baixa no ambiente para não intimidar as confissões do casal e servindo a