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Novos Arranjos Familiares: em perspectiva o consumo dos casais DINC (duplo ingresso, nenhuma criança)

O artigo de autoria de Iara Silva da Silva e Liliane Antunes Rohde, Novos Arranjos Familiares: em perspectiva o consumo dos casais DINC duplo ingresso nenhuma criança, trata de um tema bastante abordado na contemporaneide que são as novas configurações familiares, aqui em especial os casais que possuem duplo ingresso, dupla renda, mas optam por não ter filhos. O estudo feito através de dados coletados em pesquisas qualitativas e quantitativas instiga como ocorre o consumo desses casais das classes A e B na cidade de Porto Alegre, como podem ser identificadas as diferenças entre os hábitos de consumo dos membros do casal e suas relações com as marcas, levando em consideração questões de gêneros.
Os arranjos familiares não tradicionais – casais sem filhos — parece ser um segmento que ainda necessita de mais conhecimento por parte dos pesquisadores em diversos campos, e o Marketing é um deles, pois o seu objeto de estudo são os consumidores, em especial a família, espaço relevante para o consumo, “como um processo essencialmente cultural que reproduz e estabelece mediações entre estruturas de significados e o fluxo da vida social, através dos quais identidades, relações e instituições sociais são formadas, mantidas e mudadas no decorrer do tempo” (BARBOSA, 2004, p. 13). A partir dessa concepção, busca-se compreender a forma com que os bens são incorporados à vida dos casais DINC, como sujeitos sociais, agentes que dialogam com o mundo, cujas identidades estão em constante construção.
As estruturas familiares do séc. XXI denotam que o patriarcado deixou de ser uma norma, as convenções da ONU propugnam o fim das discriminações contra as mulheres, a dinâmica familiar tornou-se mais complexa, o declínio da fecundidade, face o advento da pílula anticoncepcional, a emergência no trabalho feminino, o feminismo parecem ser os fatores que originaram os novos arranjos