Trabalhos pedagógicos
Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte-RS Departamento de Ciências da Comunicação Curso de Comunicação Social – Jornalismo 27 de junho a 08 de julho de 2011
OS TRAUMAS DA DITADURA NA MEMÓRIA DAS EXMILITANTES NO DOCUMENTÁRIO QUE BOM TE VER VIVA
Caiani Lopes Martins
Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo como requisito para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação do Prof. Dr. Cássio dos Santos Tomaim e avaliação dos seguintes docentes:
Prof. Dr. Cássio dos Santos Tomaim Universidade Federal de Santa Maria Orientador
Prof. Ms. Karen Kremer Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Ms. Leonardo da Rocha Botega Colégio Agrícola de Frederico Westphalen – CAFW/UFSM
Prof. Ms. Marcelo Freire Universidade Federal de Santa Maria (Suplente)
Frederico Westphalen, 20 de junho de 2011
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OS TRAUMAS DA DITADURA NA MEMÓRIA DAS EX-MILITANTES NO DOCUMENTÁRIO QUE BOM TE VER VIVA Caiani Lopes Martins
RESUMO Com base nos estudos da relação cinema e história discutida pelos historiadores Marc Ferro, Robert Rosenstone e Eduardo Moretin o presente artigo analisa o documentário Que bom te ver viva (1989), sob direção de Lúcia Murat, composto pelos depoimentos de oito ex-presas políticas do regime militar brasileiro. O filme quebra com um silêncio imposto pela Anistia ao mostrar como as mulheres convivem com as lembranças da tortura, e com isso combate o esquecimento a que este passado foi submetido na fase de redemocratização do Brasil. PALAVRAS-CHAVE: documentário; memória; traumas; ex-presas políticas; ditadura militar;
INTRODUÇÃO O presente trabalho procura refletir sobre as relações entre cinema e história, especialmente sobre um documentário produzido após a abertura política no Brasil que recorre às experiências vividas por mulheres militantes de grupos de esquerda no período da ditadura civil-militar. Analisaremos de que forma o filme