A PRÁTICA DO PEDAGOGO E OS PROJETOS/PROGRAMAS INSTITUCIONAIS: INGERÊNCIA OU APATIA? Reijane Maria de Freitas Soares Universidade Federal do Piauí reijanemar@yahoo.com.br Introdução A realidade atual da educação traz para o pedagogo desafios relativos a novas formas de ser e de agir no campo profissional. A partir das literaturas que narram sua trajetória histórica, verifica-se que há diferentes funções exercidas pelo pedagogo, tais como: técnico de ensino, generalista, especialista, professor para formação do magistério do ensino normal, professor das séries iniciais, gestor escolar, dentre outras. Tais funções se associam aos determinantes sócio-político e educacional que influenciam o modelo de educação que deve ser adotado no país e, por conseguinte, repercute na formação teórico-prática do pedagogo. Diante dessa diversidade de funções desenvolvidas, emergem situações que demonstram fragilidades, contradições, ansiedades, conflitos, questionamentos e negações oriundas do próprio profissional ou de seus pares. Compreende-se esse processo conflituoso como reflexo dos momentos antagônicos vividos pelo pedagogo no transcorrer da profissão. Ademais o grau de responsabilidade e da complexidade das funções a ele atribuídas exige uma capacidade extraordinária para o cumprimento de tarefas, sendo que, muitas vezes, falta-lhe o preparo necessário para tanto. A realidade ainda revela a angústia do profissional frente às demandas emergentes no cotidiano escolar no qual não consegue fazer as articulações necessárias para atendê-las. Nesse âmbito, é necessário ao pedagogo se adequar aos novos paradigmas educacionais que o definem cada vez mais como ser atuante, dinâmico, criativo, autônomo e capaz de posicionar-se no eixo das dimensões técnica, política, humana e social com o olhar voltado para os supras desafios. No bojo dessa conjuntura, emergiu o interesse em analisar a prática do pedagogo no contexto dos projetos e programas institucionais realizados em escolas estaduais