trabalho
As equipes de dança surgidas nestes bailes, com o declínio dos “bailes blacks” no final dos anos 1970, passam a dançarem um ritmo diferente, com seqüências, com passos “quebrados” e compassados, que viam em reportagens televisivas ou através de fotografias em matérias de revistas importadas. Este tipo de dança de rua, denominada genéricamente como break, é a primeira manifestação do hip hop no Brasil, e passa a ser executada na Praça Ramos, na Estação de Metrô da São Bento e na Galeria 24 de Março, destacando-se neste período as equipes de dança Funk & Cia, onde se destaca o “pai” do break nacional Nelson Triunfo, e a equipe de break dance Jabaquaras Breakers.
O movimento hip hop começou sua história no Brasil de maneira discreta e quase imperceptível para muitos, e era encarado muito mais como uma moda passageira do que com seriedade.
Com o decorrer do tempo, começam a surgir pela cidade de São Paulo, os primeiros grafites ligados efetivamente a uma temática hip hop, e principalmente começa a se ouvir pelos “cantos” da cidade um jeito diferente de se cantar. Surge no país a musica rap e o movimento hip hop se torna realidade no país, mesmo que de maneira totalmente “underground”, marginal.
Os primeiros anos do movimento são difíceis, pois seus adeptos são perseguidos pela polícia, ou são desacreditados e ridicularizados nos próprios “bailes Blacks”. Esta situação começa a melhorar quando em 1983, Michael Jackson através de seus clipes, em especial das musicas “Thriller”, “Billie Jean” e “Beat It” e da abertura da novela das 20:00h da rede Globo de Televisão “Partido Alto” composta por dançarinos de break, acabam por revelar a “break dance” como uma forma de dança moderna, uma forma e arte “respeitável”.
A juventude das periferias, em especial a negra paulistana, passam a se identificar com o ritmo daquela música diferente, falada de forma muito rápida, e até