Trabalho
Associado ao actual período de globalização iniciado nos anos 50 está um aumento significativo da prosperidade global. O aumento da produção anual no mundo em resultado da liberalização realizada pelo Uruguai Round tem sido estimado num valor entre 100 e 300 biliões de euros.
O desenvolvimento dos países pobres é apontado como um objectivo central das negociações multilaterais em curso para uma nova liberalização do comércio mundial (a chamada ronda de Doha).
A grande questão que levanta não é de saber se a globalização é ou não benéfica para o mundo como um todo, mas sim a da equidade na distribuição dos seus benefícios entre os países e entre os indivíduos. É aí que se põe a maior parte dos problemas éticos.
Os países com melhor dotação de factores, principalmente em matéria de recursos humanos e tecnologias de informação e comunicação, que são afinal os países ricos, colhem mais facilmente os benefícios.
No entanto, não é verdadeira a afirmação de que os benefícios da globalização têm ocorrido apenas nos países industrializados.
A informação estatística disponível evidencia melhorias substanciais nos níveis de vida de países em vias de desenvolvimento.
Podemos apresentar alguns exemplos.
Na China, entre 1960 e 2000, a taxa de mortalidade infantil baixou de 132 para 30 por mil e a esperança média de vida subiu de 36 para 70 anos.
Na Índia, também no período de 1960 a 2000, a mortalidade infantil baixou de 151 para 70 por mil e a esperança de vida subiu de 43 para 64 anos.
No período de