trabalho
A discussão sobre competências teve como ponto de partida a proposta de Penrose (1959). A noção de organização proposta pela autora, acrescida da contribuição oferecida por Chandler (1990), permitiu chegar à idéia de que uma organização é uma coleção de capacidades dinâmicas organizacionais que são a fonte da competitividade.
Para Hamel e Prahalad (1995), competência é um conjunto de habilidades e tecnologias, e não uma única habilidade e tecnologia isolada. A integração é a marca de autenticidade das competências essenciais.
McLagan (1997) observa que, nas organizações, a palavra competência denota vários sentidos, alguns característicos do indivíduo, ou seja, conhecimento, habilidades e atitudes (variáveis de input), e outros à tarefa, resultados (variáveis de output).
Le Boterf (1994 e 1999) define competência como um saber agir responsável e reconhecido pelos outros.
Durand (2000), sugere um conceito de competência baseado em três dimensões – conhecimentos, habilidades e atitudes – associando aspectos cognitivos, técnicos, sociais e afetivos vinculados ao trabalho.
Contudo, Zarifian (2001), estabelece uma definição focada na transformação de atitude social do indivíduo em convivência com o trabalho e a organização à qual está inserido.
O conceito de competência passa pela visão da dimensão estratégica e da dimensão individual. De acordo com Ruano (2003), embora se faça uma distinção entre essas dimensões, no desempenho da prática organizacional elas estão intimamente relacionadas.
O estado da arte evidencia a existência de duas abordagens sobre competências. Para alguns estudiosos a identificação das competências surge da estratégia empresarial, passa pela definição das competências organizacionais e desdobra-se em competências funcionais (Green, 1999; Fleury e Fleury, 2000; Eboli, 2001; Dutra, 2001; Ruas, 2001). Para outros, ocorre de maneira inversa, isto é, a análise das competências de cada profissional forma o