trabalho
Conforme JOSÉ (1997, p. 12) “é a família quem primeiro proporciona experiências educacionais à criança, no sentido de orientá-la e dirigi-la”, contudo em idade escolar a influência da família é crucial, pois o comportamento infantil parte do aspecto microssocial (célula familiar) para o macrossocial (escola), o que significa o auxílio ou a dificuldade na aprendizagem. Valores sobre a necessidade de aprender, o acompanhamento das atividades da escola, podem a criança no sentido de reter sentimentos quanto à preocupação dos pais com sua vida, representando alicerce de auto-estima para que a criança assuma novos conceitos de si própria e do mundo. Se desprezada, ela pode também assumir uma postura de auto-desprezo, se desejada ela aceita as suas atitudes e desenvolve-se com maior facilidade.
Quanto às afirmações anteriores, percebe-se que o desequilíbrio na aquisição do saber pode estar com sua vertente nas relações com a família, apresentando diferentes padrões de socialização. JOSÉ (1997) aponta vários tipos de família, as quais afetam direta ou indiretamente a aprendizagem escolar: a família de pais separados que podem trazer uma espécie de desajustamento social levando a agressividade, a angústia e ao sentimento de solidão; a família de pai ou mãe viúvo que, diferente dos pais separados, terão uma ausência que nem sempre será substituída, trazendo a intolerância, desinteresse e a fuga da realidade; a família de pais superprotetores ou que moram com os avós mostrando uma espécie de permissividade, este também pode ser o caso de filho único, tornando as crianças desobedientes, egocêntricas ao extremo e, até mesmo, mal educadas; as famílias de segundo casamento que, quando recentes, podem provocar na criança uma inadaptação a nova forma de viver do padrasto ou madrasta e possíveis irmãos, causando complexo de inferioridade, enurese, angústia, agressividade, rivalidades e depressão; e, por fim, a família de raças ou religiões diferentes provocando uma