Trabalho
De acordo com MARTINS, podemos entender a modernidade como sendo a evolução do pensamento científico, onde acontece uma ruptura com o pensamento místico e religioso. Ocorrido num contexto histórico específico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação do feudalismo e consolidação do capitalismo, não é obra de um único filósofo ou cientista, mas o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se empenharam em compreender as novas situações de existência daquela época.
O século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e para o surgimento da sociologia. As transformações econômicas, políticas e culturais que se aceleram a partir dessa época colocarão problemas inéditos para os homens que experimentavam as mudanças que ocorriam no ocidente europeu. A dupla revolução que este século testemunha - a industrial e a francesa? Constituía os dois lados de um mesmo processo, qual seja, a instalação definitiva da sociedade capitalista. (MARTINS, p.11).
Assim, temos que a modernidade surge com a consolidação do capitalismo, propiciando inovações capazes de contribuir grandemente para o aumento da população mundial, sendo que o pensamento foi renunciando aos poucos a visão do sobrenatural para explicar os fatos, substituindo-os por uma indagação racional. Neste sentido, afirma TEIXEIRA:
"[...] na verdade, o naturalismo e o racionalismo que caracterizaram a antropologia iluminista e a tendência para a quantificação, a simplificação e a generalização que igualmente individualizam esta forma de pensamento, conduzem, por um lado, a uma atitude eminentemente antropocêntrica, em oposição ao teocentrismo ou teologismo escolástico, e, por outro, a um conceito decididamente formal e abstractizante da razão, igual e imutável em todos os homens, tempos e lugares, qualitativamente diversa da razão de Deus, e que, conquanto tivesse nos dados dos sentidos ou na sensação a fonte ou a origem do