Trabalho A Nova Forma De Organiza O Do Trabalho
Novas transformações aconteceram na sociedade capitalista, principalmente depois da década de 1970, e todas ales têm a ver com a busca desenfreada por mais lucro. Como a recessão aumentou por causa da crise do petróleo, os capitalistas inventaram novas formas de eleva a produtividade do trabalho e expandir os lucros. Começaram, então, a surgir formas de flexibilização do trabalho e do mercado. Em seu livro Condição pós-moderna, o sociólogo estadunidense David Harvey chamou essa fase de pós-fordismo, ou fase do capitalismo, como o estadunidense Richard Sennett, em seu livro A cultura do novo capitalismo. Existem duas formas de flexibilização próprias desse processo que merecem ser lembradas aqui: a Flexibilização dos processos de trabalho e de produção e a flexibilização mobilidade dos mercados de trabalho. A primeira forma ocorre a automação e a consequente eliminação do controle manual por parte do trabalhador. Desse modo, o engenheiro que entende de programação eletrônica, de supervisão ou análise de sistemas passa a ter uma importância estratégica nas novas instalações industriais. Com o processo de automação, não existe mais um trabalhador específico para uma tarefa específica. O trabalhador deve estar disponível para adaptar-se às diversas funções existentes na empresa. Os que não se adaptam normalmente são despedidos. A nova configuração mundial do trabalho cria, assim, muita incerteza e insegurança; por isso, a situação dos trabalhos no mundo de hoje é bastante sombria.
O trabalho flexibilizado e mundializado
O sociólogo brasileiro Octávio Ianni (1926-2014_, no artigo “O mundo do trabalho”, publicados em 1994 no periódico São Paulo em perspectiva (Seade), afirma que todas as mudanças no mundo do trabalho são quantitativas e qualitativas, e afetem a estrutura social nas mais diferentes escalas. Entre essas mudanças, ele aponta o rompimento dos quadros sociais e mentais