Enquanto lia, lembrei-me de uma situação insólita. Há três anos, em profunda angústia e desespero, tendo que tomar uma das decisões mais amargas e doídas de minha existência como homem na Terra, fui ao encontro de um homem que todos diziam ser um “ancião de Deus”, um ser profético e sóbrio. Nunca havia feito isso na vida. De fato, sou contra tais práticas, que tanto geram imaturidade nos “buscadores” de profecias, como também, com o passar do tempo, já vi corromper até os mais genuínos profetas. Nunca fui atrás de profecias. Elas sempre vieram atrás de mim. Mais de 95% era lixo... Coisa para o "Delete"! Algumas eram verdadeiras, e vi o cumprimento delas, com toda a carga de especificidade que elas carregavam. Bem, naquele dia, em profunda angústia, eu fui ao tal homem. Fui disfarçado... Temia que se ele me reconhecesse, se “engraçasse”, como quase sempre havia acontecido antes. Estava indo para a praia. Depressão e tristeza pedem de mim Natureza, nunca um quarto escuro. Parei lá no local onde ficava o homem como quem não queria nada. Cheguei de sandália, chapéu na cabeça; os cabelos estavam raspados e vestia bermuda e óculos escuro. Entrei no lugar por trás do homem. Ele não me viu e nem se virou para me ver. Foi logo chorando. "Meu Deus, quem é este homem? Por que o Senhor está me encobrindo quem ele é?" — dizia ele, aos prantos. Então começou a contar toda a minha vida... Dizia: "Meu Deus! Milhões te conheceram pela Palavra que tu puseste na boca desse homem! Quem é ele?" Prosseguiu chorando, sem olhar para mim. Então falou de minha dor. Falou das tristezas de meu coração. Clamava a Deus que as tirasse de mim. Contou-as em detalhes impossíveis de ele mesmo saber. De súbito, olhou para o lado e começou a dizer: "O quê? Esse tempo de angústia vai passar? O Senhor vai mudar tudo? De repente?" Falava com Deus enquanto olhava para o nada. Visto de fora e por alguém que nada soubesse do que se passava nos ambientes de minha alma, ele seria percebido como