Trabalho Sociologia
O conflito como sociação
Admite-se que o conflito produza ou modifique grupos de interessa, uniões, organizações. Se toda interação entre homens é uma sociação, o conflito deve certamente ser considerado uma sociação. E de fato, os fatores de dissociação, ódio, inveja, necessidade, desejo, são as causas do conflito. O conflito está assim destinado a resolver dualismos divergentes; é o modo de conseguir algum tipo de unidade, ainda que através da aniquilação de uma das partes conflitantes.
Mas esse fenômeno significa muito mais que o trivial ‘si vis pacem para bellum’ (se quiser a paz, prepare-se para a guerra), isso é algo bem genérico, que esta máxima apenas descreve como um caso especial.
O próprio conflito resolve a tensão entre contrastes. Essa natureza aparece de modo mais claro quando se compreende que ambas as formas de relação a anti-técnica e a convergente, são fundamentalmente diferentes da mera rejeição ou no fim da sociação, a indiferença é puramente negativa; em contraste com esta negatividade pura, o conflito contém algo de positivo. Todavia, seus aspectos positivos e negativos estão integrados; podem ser separados conceitualmente, mas não empiricamente.
A relevância sociológica do conflito.
Todas as formas sociais aparecem sob nova luz quando vistos pelo ângulo do caráter sociologicamente positivo do conflito. Torna-se evidente que, se as relações entre os homens constituem a matéria subjetiva de uma ciência especial, a Sociologia. Nesse caso os tópicos tradicionais desta ciência cobrem apenas uma de suas subdivisões: ela é mais abrangente e mais verdadeiramente definida por um princípio. Antigamente havia só duas questões subjetivas compatíveis com a ciência do homem: a unidade do individuo e a unidade formada pelos indivíduos, a sociedade; uma terceira parecia logicamente excluída. Nessa concepção, o próprio conflito não encontraria lugar próprio para estudo. É o conflito um fato sui generis e sua inclusão