Trabalho sobre o livro o principe de maquiavel
Dois conceitos importantes que estão presentes na obra "O Príncipe" são os conceitos de Fortuna e Virtú. Maquiavel, em oposição ao Cristianismo e inserido na época do renascentismo italiano cria concepções que fogem da religião e entra em âmbitos filosóficos, para explicar a importância da fortuna e da virtude na vida dos Príncipes políticos.
3.1 Fortuna Para os Cristãos a fortuna não era fonte de felicidade. A felicidade encontrava-se na moral dos indivíduos. Maquiavel mudou essa concepção cristã sobre a fortuna e utilizou características clássicas, que consideravam a fortuna uma deusa que possuía os bens que todos os homens desejavam: a honra, a riqueza, a glória, o poder. A fortuna deixa de ser uma conquista egoísta, para tornar-se instrumento de sorte. A Fortuna não tem mais como símbolo a cornucópia, mas a roda do tempo, que gira indefinidamente sem que se possa descobrir o seu movimento. Nessa visão, os bens valorizados no período clássico nada são. O poder, a honra, a riqueza ou a glória não significam felicidade. Esta não se realiza no mundo terreno. O destino é uma força da providência divina e o homem sua vítima impotente.
Maria Tereza Sadek
Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e as necessidades do mesmo, a sorte da pessoa. É a ordem das coisas em todas as dimensões da realidade que influenciam a política, é externa ao homem e desafia suas capacidades. Maquiavel acreditava que afortunado era aquele que acomoda seu modo de proceder com as circunstâncias dos tempos e desafortunado aquele que entra em choque com seu proceder e os tempos que atravessam.
3.2 Virtú Para Maquiavel, a virtú é a agilidade do governante em obter o sucesso pelos favores da fortuna, alcançando com a manutenção do poder, sem que seja relacionado à virtude religiosa. Sendo assim, a virtú era a esperteza política, o segredo de sucesso do príncipe.
Assim, a qualidade exigida do príncipe que deseja se