trabalho seminario
Em seu romance Mario Vargas Llosa utiliza de muito humor para, através de um serviço bastante inusitado dentro do exercito peruano, criticar a instituição e aspectos sociais. A maior parte do livro é narrada através de cartas, documentos oficiais do exército, reportagens e narrativas que descrevem detalhadamente, com evidente parcialidade por parte do personagem autor, que dá autenticidade ao relato. Complementando os documentos Llosa nos apresenta diálogos intercalados, dando um ritmo diferente, dinâmico e real para a narrativa.tendo um tom de humor mais forte pelas descrições mais detalhadas, fica por conta do inusitado, já que para conter a onda de estupros na cidade de Iquitos por parte dos soldados o exército escolhe o mais que metódico capitão Pantaleão Pantoja (Salvador del Solar) para coordenar um serviço de visitadoras para os soldados, eufemismo para as prostitutas contratadas pelo exército para sanar as necessidades dos militares. Assim esses dois estereótipos aparentemente tão distintos se aproximam, porém mantendo as respectivas características principais. O capitão Pantoja tem o comportamento exemplar e passa a imagem que o exército cria sobre a instituição para a sociedade, ou seja, disciplinado, obstinado e sem vícios. Tudo que o militar sabia fazer era obedecer a ordens, de forma brilhante e com dedicação total, que a princípio deixa qualquer superior do exército satisfeito. Talvez o problema do capitão fosse sua falta de senso crítico – que em certo nível é indispensável aos militares – a ponto de não diferenciar a essência da aparência, ou seja, de não perceber que por trás da aparente seriedade e responsabilidade militar há a necessidade de agir sorrateiramente, seja para manter um serviço de visitadoras, como satirizado por Llosa, seja para tomar o poder o estado. Os dois pontos mais marcantes da obra ficam por conta da crítica à instituição militar, incapaz