trabalho seguranca do trabalho
A questão é, então, otimizar a organização e o ambiente de trabalho para estimular a produção dos indivíduos. Esta perspectiva está diretamente relacionada com a ergonomia. Ela é coerente com o objetivo da concepção de sistemas adaptados ou dos sistemas adaptáveis.
A idéia de sistema adaptado é, de fato, contraditória, mais precisamente porque ela está ligada a uma abordagem “estática” da relação do ser humano com o trabalho.
Na realização de uma análise ergonômica, as soluções são percebidas pelo engenheiro de produção de forma isolada ou em colaboração com outros profissionais da empresa. É necessário, então, chegar-se a soluções, mas estas não podem simplesmente ser adaptadas, elas devem, também, ser adaptáveis, isto é, permitir a evolução dos sistemas técnicos e das pessoas. As tecnologias hoje disponíveis permite-nos esta perspectiva. Vejamos os dois exemplos a seguir:
No primeiro exemplo, constata-se o surgimento dos conceitos de “concepção contínua” ou de “concepção para o uso”. Estes conceitos confundem a maneira de considerar o processo de produção. Na perspectiva ergonômica clássica (respeitável e útil) considera que o objetivo da ergonomia é o de destacar a função dentro do processo de concepção: na prática, a ergonomia “informa” ao fabricante, lhe permitindo conceber sistemas adaptados. A “concepção contínua” adota uma abordagem inversa. Ela parte da idéia de que a concepção não se limita, somente, à entrega do produto, ela prossegue durante o próprio uso. Isto conduz à diferentes práticas de concepção e a sistemas técnicos específicos.
RABARDEL (1995), trata mais profundamente este assunto.
Um segundo exemplo complementar, é o de sistemas de programação por demonstração. Seu objetivo é permitir aos usuários definir por eles próprios, de maneira cômoda, as atividades (funções) que eles sentem necessidade. Se o fabricante não pode prever quais serão essas funções, ele pode, entretanto, propor as ferramentas que