Trabalho Regiane
O coração
O coração éo colibri dourado
Das veigas puras do jardim do céu
Um-tem o mel da granadilha agreste,
Bebe os perfumes, que a bonina deu.
O outro-voa em mas virentes balças,
Pousa de um riso na rubente flor.
Vive do mel – a que se chama – crenças,
Vive do aroma-que se diz amor.
(Castro Alves)
Conclusão:
2. Amor não correspondido
O moço
Teu nome foi um sonho do passado;
Foi um murmúrio eterno em meus ouvidos;
Foi som de uma harpa que embalou-me a vida;
Foi um sorriso d'alma entre gemidos!
Teu nome foi um echo de soluços,
Entre as minhas canções, entre os meus prantos;
Foi tudo que eu amei, que eu resumia,
Dores, prazer, ventura, amor, encantos! [...] (José Bonifacio de Andrade e Silva)
Conclusão:
3. Juventude
Mocidade
A mocidade esplêndida, vibrante,
Ardente, extraordinária, audaciosa,
Que vê num cardo a folha de uma rosa,
Na gota de água o brilho dum diamante;
Essa que fez de mim Judeu Errante
Do espírito, a torrente caudalosa,
Dos vendavais irmã tempestuosa,
-- Trago-a em mim vermelha, triunfante!
No meu sangue rubis correm dispersos:
-- Chamas subindo ao alto nos meus versos,
Papoilas nos meus lábios a florir! [...] (Florbela Espanca)
Conclusão:
4. Mulher
A Borralheira
Meigos pés, pequeninos, delicados,
Como um duplo lilás, se os beija-flores
Vos descobrissem entre as outras flores,
Que seria de vós, pés adorados!
Como dois gêmeos silfos animados,
Vi-vos ontem pairar entre os fulgares
Do baile, ariscos, brancos, tentadores,
Mas, ai de mim! como os mais pés, calçados.
Calçados como os mais! que desacato!
Disse eu... Vou já talhar-lhes um sapato
Leve, ideal, fantástico, secreto...
Ei-lo. Resta saber, anjo faceiro,
Se acertou na medida o sapateiro:
Mimosos pés, calçai este soneto. (Luís Guimarães Júnior)
Conclusão:
5. Morte
A morte
MORRER... DORMIR...
Mulher... dormir... não mais! Termina a