TRABALHO PSICOMETRIA CAT A
Os testes projetivos continuam sendo os instrumentos mais utilizados para avaliação psicológica no Brasil, apesar da diversa gama de escalas e questionários já existentes para avaliação da personalidade. Ainda assim, há uma escassez de testes projetivos e de estudos sobre suas qualidades psicométricas (Bordin, Mari e Caeiro, 1995).
As figuras contidas nas pranchas do teste servem de estímulo para que a criança projete seu mundo interno através da identificação com os personagens apresentados (Bellak e Bellak, 1992). É um instrumento clinicamente útil para corroborar hipóteses diagnósticas de problemas neuróticos, psicóticos, psicossomáticos, bem como situações de abuso e negligência (Freitas, 2000).
O termo projeção pode ser compreendido de diversas maneiras. No campo da psicologia, foi inicialmente empregado por Freud (1894), nos estudos sobre a neurose de angústia, significando a transposição dos próprios impulsos a um objeto externo. Em 1911, Freud caracterizou o termo como mecanismo de defesa da Paranoia. Nesse sentido, os aspectos repreensíveis do próprio sujeito são expulsos da consciência e atribuídos a outra pessoa (Laplanche e Pontallis, 1985).
Os testes projetivos estão fundamentados nesse pressuposto freudiano de que as características dos heróis representam tendências da personalidade do sujeito, integrando aspectos de seu passado a desejos inconscientes (Murray, 2005).
Na área do psicodiagnóstico, utiliza-se o termo projetivo como adjetivo para qualificar as técnicas que objetivam estimular no sujeito o processo de projeção (Cunha e Nunes, 2010).
Os críticos dos testes projetivos salientam o excessivo grau de subjetividade do avaliador na interpretação dos resultados, a baixa fidedignidade, os poucos trabalhos sérios de validação e a necessidade de dados