Testes Psicológicos
Desde o início da Psicologia enquanto disciplina científica sempre foi uma constante as tentativas de realizar objetivamente diferenciações de variáveis psicológicas. Nesse contexto, surgiram os testes psicológicos, que assumiram, ao longo dos anos, um caráter emblemático da Psicologia e justificam, até certo ponto, a associação entre a figura do psicólogo e a administração de testes realizada pelo grande público.
Um teste psicológico é um instrumento de medida, um procedimento por meio do qual se busca medir um fenômeno psicológico (Van Kolck, 1974), estando nele resumidas amostras de comportamentos relacionados a uma variável psicológica. Nesse sentido, Anastasi e Urbina (2000) definem um teste psicológico como a medida padronizada e objetiva de uma amostra comportamental. Isso significa dizer que um teste que busca medir a ansiedade, por exemplo, deve conter questões que contemplem todo o contínuo do conceito ansiedade. De maneira geral, um teste psicológico se presta a medir diferenças entre indivíduos ou as reações do mesmo sujeito em momentos diferentes (Anastasi; Urbina, 2000). Esse aspecto funcional dos testes possibilitou e ainda favorece muito a amplificação dos conhecimentos em Psicologia que se baseiam essencialmente em evidências empíricas e não apenas em meras especulações.
Os testes psicológicos têm fornecido contribuições tanto no campo teórico, em pesquisas básicas e aplicadas, como também no campo prático, onde são fundamentais na realização de diagnósticos, seleções e classificações, orientações e treinamentos. De acordo com Tyler (1973), as medidas psicológicas, a partir do momento em que, via teoria, quantificam as variáveis com as quais se trabalha, constituem-se em caracterizadores preponderantes da Psicologia moderna. Tal observação (feita nos Estados Unidos há pouco mais de três décadas) demonstra o quanto o pensamento quantitativo constitui uma das características essenciais e não periféricas da Psicologia. Será que hoje,