TRABALHO PROCESSO PENAL PRONTO
Este trabalho é realizado por um juiz e que mira o fenômeno judicial. O saber crítico, na suma, está absurdamente centrado na desconfiança, na crescente e infinita dúvida, na busca desesperada de destruir crenças. No ponto contrário, a certeza é o mote da fé, do saber religioso (a fé, a mesma dos "fundamenta listas do direito", não abre espaço para o "talvez" - jamais duvida): "entramos em um modo de viver enraizado no pressuposto de que a contingencia, a incerteza e a imprevisibilidade estão aqui para ficar".
Cada vez mais quer me parecer que o filosofo, sendo por necessidade um homem do amanhã e do depois de amanhã, sempre se achou e teve de se achar em contradição com o seu hoje: seu inimigo sempre foi o ideal de hoje. Ate agora todos esses extraordinários promovedores do homem, a que se denominam filósofos, e que raramente viram a si mesmos como amigos da sabedoria, antes como desagradáveis tolos e perigosos pontos de interrogação — encontraram sua tarefa, dura, indesejada, inescapável tarefa, mas afinal também a grandeza de sua tarefa, em ser a ma consciência do seu tempo. Colocando a faca no peito das virtudes do tempo, para vivisseccioná-lo, delataram o seu pr6prio segredo: saber de uma nova grandeza do homem, de um caminho não trilhado para o seu engrandecimento"... "a cada vez eles disseram: "Temos de ir ali, além, onde vocês, hoje, menos se sentem em casa.
Nosso trabalho, em principio, esta centrado nos Códigos — a lei, no penal, é o quase-tudo: ela é quem "faz" o crime. Alguém diz o que a lei diz e seguimos com essa verdade que nos é (im)posta e insuportavelmente a repetimos. Os manuais (prodigo local dos forjadores do senso comum) chegam ate os operadores, definindo verdades que se transformam em crenças, no momento seguinte à promulgação das leis: um pontuar antes mesmo do pensar. “Ha verdades que são mais bem reconhecidas por cabeças medíocres, por lhes serem as mais adequadas; há